O Núcleo de Antropologia do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia da PUC Goiás é composto por professores/pesquisadores que atuam nas dimensões da pesquisa, ensino e extensão, enfocando especialmente temas relativos aos saberes tradicionais, relações interculturais, universos socioculturais rurais e urbanos, relações entre história e memória, patrimônio alimentar, bem como estudos sobre temas contemporâneos relevantes pautados na ética, no respeito à diversidade cultural e nos direitos humanos.

Em sua prática docente, o Núcleo de Antropologia procura articular o processo de aprendizagem dos discentes no tripé reflexão, sistematização e produção de conhecimentos, a partir do perfil acadêmico diverso de seus docentes. É neste intuito que a disciplina Antropologia é ministrada para os cursos de Arqueologia, Administração, Ciências Contábeis, Direito, Design, Serviço Social entre outros.

Em suas ações de extensão, o Núcleo de Antropologia vem coordenando, desde a década de 1970, em parceria com outros setores da PUC Goiás e de outras instituições e entidades de Goiás, a Semana dos Povos Indígenas, com o objetivo de aprofundar o debate sobre os problemas, lutas e desafios dos povos indígenas no Brasil, bem como buscar formas de apoiar a causa indígena a partir do diálogo com os povos indígenas, a sociedade civil, as universidades e a esfera pública.

Desde seu início, na década de 1970, o IGPA tem assumido também, como compromisso, a causa dos povos indígenas no Brasil, de modo especial os de Goiás, tanto no que diz respeito às suas culturas, quanto ao fortalecimento da autonomia e das identidades étnicas. Nessa perspectiva, participou dos primeiros contatos com povos indígenas até então desconhecidos, como os Uru-Eu-Wau-Wau, na região Amazônica, e os Avá-Canoeiro, no Estado de Goiás, indo na contramão da política integracionista e desenvolvimentista, nociva não só para o meio ambiente, mas também para os modos de uso e manejo dos recursos naturais por esses povos, em detrimento de suas culturas e de suas vidas. Nesse período, surgiram as pesquisas etnográficas com os grupos Karajá (Ilhado Bananal e Aruanã), Avá-Canoeiro e, posteriormente, com os Tapuios do Carretão (norte do Estado de Goiás).

As pesquisas antropológicas no Instituto também estão direcionadas para o estudo das relações entre história, memória e identidade entre outros grupos sociais minoritários, investigando as dinâmicas de sua produção, reprodução e transformação dos saberes tradicionais, em contextos rurais e urbanos. Entre esses estudos foram realizadas pesquisas com crianças em situação de rua, com portadores de necessidades especiais, com catadores de lixo e com as vítimas do Césio137. É igualmente foco de pesquisa do Instituto, a gestão do patrimônio cultural, por meio do estudo das interrelações entre as manifestações socioeconômicas, culturais, do meio ambiente urbano e rural e sua interface com a Arqueologia e a Antropologia.