Acari de Passos Oliveira
Nasceu a 17 de fevereiro de 1907, no Rio de Janeiro e mudou-se com a família para Goiás, com apenas 30 dias de nascimento. Aos dezoito anos, ingressou na carreira militar e mais tarde freqüentou a Escola de Marinha Mercante, onde fez o curso de comissário. Em 1939 foi colocado à disposição do Gabinete Militar da Presidência da República para construir na Ilha do Bananal um campo de aviação para a visita do Presidente Getúlio Vargas em área indígena Karajá, quando teve seu primeiro encontro com índios e pôde descobrir sua verdadeira vocação. Foi convidado a participar da Expedição Roncador-Xingu. Durante este período dedicou-se também à coleta de material sobre a vida dos índios Yawalapiti Kamayurá, Kuikuro, Kalapalo, Kayabi, Txicão, Juruna, Suyá, Txucahamãe, Xavante. Bororo. Tapirapé, Karajá, Javaé, Krahó, Xerente e Apinayé. Colaborou com Francisco Meirefies e Ismael Leitão, na tentativa de aproximação com os Xavante, e ainda com Francisco Meirelles e seu filho Apoena e juntamente com Jesco von Puttkamer nas tentativas de aproximação com os Suruí e Cinta Larga. Induzido pela paixão à vida dos povos indígenas juntou um farto material composto por fotografias, artesanato, bibliografia e diários de campo. doados em grande parte ao IGPA. De 1957 a 1965, Acary integrou à Comissão de construção de Brasília e foi designado para assessorar o Presidente da Fundação Brasil Central. sendo responsável pela “Operação Bananal”. De 1969 a 198 1, Acary foi diretor do Museu Antropológico da UFG. Foi admitido na Universidade Católica de Goiás a partir de 1983 e, desde então, vem transmitindo à comunidade universitária e, principalmente. às crianças goianienses, a sua experiência adquirida junto às aldeias indígenas, participando de seminários, mesas-redondas. palestras e exposições.