O Instituto do Trópico Subúmido (ITS) da PUC Goiás completa 29 anos de fundação no dia 21 de setembro. De acordo com o diretor administrativo do ITS, José Rubens Pereira, o dia escolhido para inaugurar o ITS foi no Dia Árvore, “pois o objetivo principal da sua criação foi estudar e pesquisar o bioma Cerrado”.
Para José Rubens, “nessa direção, foi criado o Memorial do Cerrado no Câmpus II da Universidade, localizado no Jardim Mariliza, O Memorial conta com espaços que representam um pouco da história dos povos originários do Cerrado, como os indígenas e quilombolas. Foi criada uma réplica de um quilombo e de uma aldeia Timbira. Também estão representadas as grandes fazendas e as pequenas cidades, retratando como começou a povoação do Estado de Goiás por volta do final do século XVIII e início do século XIX”.
O ITS recebe grupos e escolas para visitar e participar de oficinas no Memorial do Cerrado, segundo José Rubens. “Em determinadas datas nós fazemos doação de mudas que são cultivadas no viveiro, na tentativa de contribuir com o reflorestamento de Goiânia e região. Os funcionários do ITS prestam assessoria em projetos de recuperação de áreas degradadas”, explica o diretor do ITS.
Extensão
O diretor do ITS explica que atualmente a divulgação do bioma Cerrado foi ampliada também com as práticas extensionistas, com a atuação da coordenadora acadêmica no ITS, Nicali Bleyer, com o objetivo de levar à comunidade interna e externa cursos de extensão, por exemplo, de como fazer mudas, recuperar nascentes, fazer uma horta em casa e compostagem, entre outras atividades extensionistas com parcerias de universidades públicas que estão em andamento.
Para a coordenadora acadêmica do ITS, “o aniversário do Instituto neste ano tem um marco muito importante, são quase 30 anos discutindo e trazendo à tona temas referentes ao bioma Cerrado, que tem um significado muito importante, porque sentimos agora, principalmente os moradores da região Centro-Oeste e do Estado de Goiás esta questão dos problemas climáticos, com altos índices de queimadas, baixo nível dos reservatórios de água, com influência direta no fornecimento de energia elétrica, a baixa umidade, caminhando para a falta de água e o consequente racionamento.”
Nicali pondera que “no Estado de Goiás foi escolhido um caminho de desenvolver grandes plantações, de aberturas de novas fronteiras agrícolas e de poucas unidades de preservação ambiental. Existem muitas plantações que usam os pivôs centrais de irrigação, grandes indústrias, grande consumo dos recursos naturais sem nos preocuparmos que esses recursos são finitos. Então o papel do Instituto, falando numa relação de extensão da universidade, trabalhando diretamente com a comunidade se revela na necessidade do amplo diálogo comunitário, um diálogo também junto à formação integral dos acadêmicos da PUC Goiás, para que se possa tentar daqui para frente não só refletir sobre o Cerrado, mas tentar implementar práticas à curto e médio prazo, para que possamos à longo prazo ter um efeito melhor que vemos na situação atual”.