Minicurso traz outro olhar sobre a depressão
Tratada por muitos como doença, a depressão, segundo a professora doutora Gina Noleto é comportamental e não uma doença. É um distúrbio afetivo que acompanha o individuo. “Ela pode não ter aprendido a lidar com uma perda passada e sofrendo, como morte de uma pessoa próxima, perda de um emprego, por exemplo. A pessoa acaba acumulando todos esses acontecimentos negativos e isso passa a refletir no seu comportamento,” explica Gina.
De acordo com a professora, muitas pessoas com essa sobrecarga emocional começam a ter um comportamento autodestrutivo, não sentem ânimo para realizar tarefas corriqueiras, como sair de casa, tomar banho, comer. Gina falou por quase três horas sobre o tema no Minicurso Depressão: oque você pode fazer para controlá-la, na quinta-feira, 23, dentro da Mostra de Produção do Conhecimento na Jornada da Cidadania. A professora explica que é fácil reconhecer uma pessoa depressiva, “além desses comportamentos que mencionei, pessoas que sofrem com depressão tem uma tristeza profunda e prolongada, choram muito, não conversam, não querem sair do quarto”.
Gina aponta que o primeiro passo para combater a depressão é procurar um psicólogo ou um analista comportamental, “a pessoa tem que procurar um especialista para que ele possa descobrir o que a levou a ter esse comportamento, depois de descoberto é mais fácil trabalhar a sua auto-estima”.
Como se livrar dela
Com a presença de estímulos positivos no cotidiano, é possível que a pessoa comece a receber outros e isso se torna uma rede. Um elogio, um sorriso, um abraço, uma conversa, isso tudo são estímulos positivos que recebemos todo o dia e é fundamental ter um dia produtivo, ocupando-se e produzindo. Alterar a forma de pensar também ajuda a combater a depressão, “ela tem que trabalhar estímulos, tem que sentir prazer até sem sair de casa”, finaliza a psicóloga.
José Carlos Martins (estudante do curso de Jornalismo da PUC Goiás – 5º período)