Professor de Bioquímica explica como identificar a doença do diabetes

Vania Ferreira e Thaissa - DiabetesO coordenador do Laboratório Clínico da PUC Goiás e professor de Bioquímica Clínica, Sérgio Henrique Costa, tirou dúvidas sobre a doença de Diabetes na Estação Saúde, na Jornada da Cidadania, na Área I, Praça Universitária. De acordo com Sérgio, o diabetes é um conjunto de distúrbios relacionado com a maneira que o corpo metaboliza os carboidratos, que pode evoluir para um quadro de hipoglicemia. Difícil? Vamos seguir com as explicações: quando o organismo não consegue produzir insulina ou é resistente a ela, e tem dificuldade de metabolizar a glicose (que é um substrato para a produção de ácidos gástricos e outros compostos), isso pode levar ao aumento de peso ou ao diagnóstico do Diabetes. Os tipos de Diabetes são:

Tipo 1

Está relacionado com a falta de produção de insulina, causada pela destruição das células produtoras de insulina em decorrência de defeitos do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem esse hormônio. O tipo 1 acontece na fase da adolescência ou em crianças, isso acontece devido a falta de produção de insulina.

Tipo 2

Pode surgir a partir dos 40 anos e está associada a resistência e deficiência da secreção de insulina. Existem também Diabetes relacionadas com doenças genéticas e endócrinas. As doenças genéticas podem ter o caráter hereditário, podendo surgir relacionada com doenças da Tireoide ou algum tipo de medicamento. “O diabetes que tem mais prevalência é a do tipo 2”, informa Sérgio Henrique.

 

O diagnóstico infantil de Diabetes é feito a partir do exame de glicemia com oito horas de jejum, teste oral de tolerância à glicose (TOTG), quando a criança ingere uma quantidade de açúcar, de acordo com o peso dela. A dosagem da glicose é feita após duas horas da ingestão do açúcar. Conforme a dosagem da glicemia, o diagnóstico traz o resultado se a criança tem ou não diabetes.

GPS da Doença

Para os pais identificarem se seus filhos apresentam algum quadro de Diabetes. “Os sintomas mais comuns são a poliuria, quando a criança começa a urinar em excesso e a polidipsia, quando ela ingere muita água. A criança também pode apresentar perda de peso, porque é mais comum o tipo 1”, explica Sérgio Henrique. O tratamento é um procedimento médico, de acordo com a classificação dos exames realizados. Pode ser feito com hipoglicemiante oral, onde o paciente toma a medicação via oral para controlar os níveis glicêmicos para evitar complicações e para que o controle da glicemia seja eficaz, é necessário que se faça monitoração diária. “É fundamental que a criança pratique alguma atividade física, dentro da faixa etária e sempre com a orientação de um profissional”, finaliza o professor.

Texto: Thaíssa Veiga e Vânia Ferreira (Estudante do curso de Jornalismo da PUC Goiás – 5º período)

Fotos: Vânia Ferreira (Estudante do curso de Jornalismo da PUC Goiás – 5º período)

 

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