Dezenas de alunos de cursos de licenciatura fizeram uma manifestação no campus da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), em Divinópolis , durante a noite desta quarta-feira (24). Eles são contra um suposto anúncio de cortes de bolsas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), do Governo Federal.

Uma suposta mensagem da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), recebida por vários professores universitários ligados à iniciativa, informou que haverá cortes que podem gerar interrupção total ou parcial do Pibid. Em nota publicada no site, a Capes informou que que nenhum bolsista do Pibid que se encontra no sistema de pagamento terá bolsa cancelada.

A mensagem chateou professores como Alessandra Fonseca, que coordena a aplicação do Pibid em uma escola da cidade. “Com essas bolsas, os estudantes de licenciatura que estão se preparando para serem professores têm a possibilidade de desenvolver projetos. Eles aprendem muitas atividades relativas ao mundo escolar”, comentou.

Aluna do primeiro período de Letras da Uemg, Camila Rocha Tavares aprovou o protesto. “É importante que haja essa manifestação para mostrarmos que somos contrários a esses cortes”, argumentou.

Professora da UEMG e coordenadora do Pibid no “Projeto História”, Flávia Lemos considera o programa importante para a formação de novos mestres. “Esses alunos são inseridos nas escolas, atuando junto aos professores. O projeto leva uma grande articulação com as escolas públicas”, disse.

Ainda segundo Lemos, o programa estabelece relação entre universidades, através de professores e bolsistas, e escolas publicas da educação básica, professores e alunos.

A Capes divugou nota, na qual esclarece que nenhum bolsista do Pibid que se encontra em seu sistema de pagamento da Capes terá sua bolsa cancelada. “Todos os comunicados desta instituição são divulgados pela direção do órgão, não sendo autorizado o envio de mensagem de caráter oficial por servidores”, disse.

A Capes afirmou ainda que está se adequando ao limite orçamentário que lhe foi estabelecido, em diálogo com o Ministério da Educação, para garantir a manutenção dos programas e ações estruturantes e essenciais. “Ressaltamos que não haverá interrupção de programas em funcionamento”, concluiu.